A Magia dos Filmes de Fantasia dos Anos 90
Há um tipo de magia que vive nos filmes de fantasia dos anos 90. Não aquela com muitos efeitos visuais gerados por computador que vemos hoje em dia, mas a magia palpável, criada por efeitos práticos—o tipo de magia feito por pessoas que cresceram transformando um bastão em mil armas diferentes com nada além da imaginação.
Esses foram os filmes que fizeram as crianças acreditarem que goblins definitivamente moravam debaixo da cama, que covas de dragões estavam por toda parte e que castelos tempestuosos sempre abrigavam princesas encantadas. Para quem nasceu após os anos 90, é importante lembrar: as crianças dos anos 90 não tinham acesso ilimitado a todas as formas de entretenimento imagináveis. Se você queria assistir a um filme, precisava ir a uma loja para comprar ou alugar a fita VHS (isso mesmo, Video Home System, para as gerações mais jovens).
Para aqueles que cresceram nos anos 90, os filmes de fantasia eram uma prova de que o mundo podia ser mais estranho, selvagem e maravilhoso do que parecia do lado de fora da janela do quarto.
Então, vamos rebobinar essas fitas, sentar e passar pela nossa lista classificada dos melhores filmes de fantasia dos anos 90.
10. Coração de Dragão (1996)
Olha, Coração de Dragão é um pouco brega? Absolutamente. Mas isso faz parte do seu charme.
Essa comédia dramática medieval tem um dragão dublado por Sean Connery—precisamos dizer mais? Há algo estranhamente reconfortante em um cavaleiro desgastado e um dragão sábio e sarcástico se unindo para parar um tirano—especialmente quando esse dragão literalmente deu metade do seu coração para o vilão.
É uma criação mitológica campy, genuína, com aquela energia inconfundível dos anos 90. Pode não ser perfeita, mas vai fazer você sentir coisas. Especialmente durante aquele final (você sabe qual é).
9. Abracadabra (1993)
Vamos ser honestos—ninguém esperava que essa comédia de Halloween excêntrica se tornasse um fenômeno cultural. E aqui estamos, décadas depois, e as Irmãs Sanderson ainda são ícones.
Bette Midler como a descontrolada Winifred, Sarah Jessica Parker como a encantadoramente distraída Sarah, e Kathy Najimy como a adorável Mary formam um coven caótico de perfeição. É campy (estamos vendo um padrão aqui), infinitamente quotável, e entrega mais espírito de Halloween em 90 minutos do que um passeio de feno assombrado jamais poderia. É fantasia filtrada por uma dose de ousadia no estilo Salem, e definitivamente estamos aqui para isso.
8. Jumanji (1995)
Sim, Jumanji é frequentemente rotulado como um filme de “aventura”—mas se um jogo de tabuleiro mágico que solta manadas, aranhas gigantes e um Robin Williams perdido na sua sala de estar não é fantasia, então o que é?
É intenso, tocante e tem apenas o suficiente de ameaça genuína para fazer você repensar sua caixa de Monopoly. A verdadeira magia de Jumanji é como fez o comum parecer extraordinário—e um pouco perigoso.
7. Edward Mãos de Tesoura (1990)
Nenhuma lista de fantasia está completa sem uma referência a Tim Burton, o mestre do estranho e maravilhoso.
Edward Mãos de Tesoura não tem dragões ou castelos encantados, mas traz fantasia, melancolia e sua própria marca de magia suburbana. É doce, estiloso e deixa você se perguntando como um homem gentil, com mãos de tesoura, encontrará seu lugar em um bairro pastel.
6. O Mestre das Páginas (1994)
Acha que bibliotecas são apenas sobre multas e silêncio? Pense de novo. O Mestre das Páginas diz: “Na verdade, é um reino de fantasia secreto guardado por livros sencientes.”
Macaulay Culkin passa de um realista ansioso a um aventureiro destemido, e a transição de live-action para animação acrescenta um toque de charme. É uma homenagem carinhosa ao gênero de fantasia que nunca se leva muito a sério.
5. O Segredo da NIMH 2: Timmy à Resgate (1998)
Esse é uma escolha obscura. Enquanto o original O Segredo da NIMH é mais lembrado, a sequência mergulha de cabeça na fantasia com amuletos brilhantes, reinos animais em guerra e um rato com um destino heroico.
Pode não ter a mesma profundidade sombria do primeiro filme, mas para as crianças assistindo na época, parecia enorme.
4. A História Sem Fim II: O Próximo Capítulo (1990)
Retornar a Fantasia foi como voltar a um sonho. Embora O Próximo Capítulo não atinja as alturas do original, captura aquela mesma mistura de melancolia e magia.
Desta vez, a jornada de Bastian é mais pessoal, com um novo vilão convincente (o elegantemente malvado Xayide) e um conflito interno mais profundo. É uma fantasia mais silenciosa—mas às vezes, essas são as que permanecem.
3. Hook (1991)
Para as crianças dos anos 90, Hook não era apenas um filme—era um movimento.
Spielberg reimaginou um Peter Pan adulto e entregou uma história vibrante e emocional cheia de duelos de espadas, brigas de comida e performances inesquecíveis. Robin Williams trouxe coração; Dustin Hoffman deu brilho teatral a Hook; e os Garotos Perdidos se tornaram lendas. “Rufio! Rufi-oooooo!” está eternamente gravado em nossas memórias. E aquele banquete imaginário? Ainda parece delicioso.
2. O Estranho Mundo de Jack (1993)
Esse é para as crianças sombrias—e para quem gosta de um toque gótico em suas fábulas.
A crise de identidade natalina de Jack Skellington é surpreendentemente relacionável, e a animação em stop-motion continua deslumbrante. O Estranho Mundo de Jack vive em seu próprio mundo único—onde reis de abóbora cantam baladas e as regras do feriado são feitas para serem quebradas. É melancólico, mágico e uma obra-prima visual.
1. A Princesa Prometida (1987… mas sejamos realistas, ela definiu os anos 90)
Sim, tecnicamente isso foi lançado em 1987—mas A Princesa Prometida não apenas merece status honorário dos anos 90; ela é um filme de fantasia dos anos 90 em espírito.
Para uma geração inteira, não era apenas um filme—era um fenômeno. Incontáveis citações, recriações carinhosas e passadas como um texto sagrado. É engraçada, romântica, ridícula e profundamente sincera. E poucos filmes podem igualar seu número de falas icônicas: “Como você quiser”, “Inconcebível!”, “Você matou meu pai, prepare-se para morrer.”
Não é apenas amada—é grande.
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